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Refletir é preciso

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Olá, caro visitante!

Leia o texto a seguir com atenção, carinho e uma dose de paciência. Eu o escrevi há alguns anos e resolvi partilhá-lo com você.

Bom proveito!

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Descobri que a vida é mais bela do que os pessimistas nos querem fazer acreditar. Que as barreiras existem para serem ultrapassadas. Que não devemos superestimar nossas dificuldades nem, tampouco, subestimar as nossas conquistas, por mais simples que sejam. 

Descobri que a felicidade não é ser, é estar. E que cabe a nós decidir se faremos de nossas vidas um mar repleto de momentos felizes ou se transformaremos tudo em um céu de angustias e lamentações.

Descobri o valor de um sorriso franco, de um abraço sincero, de uma palavra de afeto no momento oportuno. Percebi a importância dos verdadeiros amigos. Entendi que de nada vale estar cercado por pessoas que não nos acrescentam em absolutamente nada. E que amigos, mas amigos de verdade, embora menores em número, nos ajudam a seguir a trilha que nos conduz aos momentos de felicidade.

Descobri a importância da confiança, o prazer de amar e a satisfação de ser amada. Encontrei dentro de mim uma força motivadora que me faz acordar todos os dias e ver, além dos problemas, além dos obstáculos, uma razão para continuar sonhando.

É mais fácil fugir dos problemas do que ter que enfrentá-los. É mais fácil desistir no meio do caminho do que continuar lutando. É mais fácil ver os defeitos nos outros do que enxergar as nossas próprias imperfeições. Mas, é muito, muito mais gostoso encarar as adversidades, não com os olhos de quem acha tudo ruim ou difícil, mas com os olhos de quem acredita na existência de dias melhores e na força da verdadeira amizade.
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O mais legal de tudo é que quando escrevi esse texto, lá pelos idos de 2008, achei realmente que estava diante de uma obra-prima. (Pausa para uma risada saudosa). Quanta inocência!
Aposto que algum dia também irei olhar para este blog e experimentar essa mesma sensação. Isso faz parte de amadurecer e ampliar a visão de mundo. Essa Dell Sales de 2008 é apenas mais uma parte (Importante parte!) dessa totalidade presente em 2010. Mas, recordar é viver e as lembranças me fazem um bem...

É com esse "achado" que me despeço de 2010 e de você, querido leitor. Isso não é um adeus, veja bem, mas um até logo. Em 2011 o blog volta a ativa e, provavelmente, com novidades. 

Um grande abraço e obrigada pela companhia.Feliz Natal e um começo de ano explêndido!

Dell Sales 
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Enquanto isso, no msn Brasil...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ah, não precisava punir! Era só pedir com carinho que ele agredia por livre e espontânea vontade.

Justiça má!


Fonte da imagem: Msn Brasil (Hum... É mesmo?)
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Amigo secreto no Mdig

Olá, meus queridos!

Participei hoje de um amigo secreto no Mdig, site muito legal que freqüento. Era apenas uma brincadeira entre os membros, mas foi muito, muito, muito divertido.

Se quiser conferir o presente que dei, clique aqui. É um texto meio doido, mas está valendo.

Neste outro link você poderá ver o que ganhei de presente. A-mei! Uma portuguesinha muito bonitinha me sorteou! Adorei as minhas amigas secretas. Tanto a que sorteei quanto a que me sorteou!
Lembrando que tudo era apenas uma grande brincadeira, e os presente foram todos simbólicos. Um post, um comentário, uma montagem... Simples assim!

Que idéia bacana para aproximar os membros do site e promover a interação do grupo, né? Adorei tudo.

Aproveite e visite o Mdig. 

Bjiin e até a próxima 
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Música Ilustrada II

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Hello, dears!

Estou de volta com mais um espetacular, inusitado e divertido Música ilustrada!!! 

A canção de hoje não é tão desafiadora e creio que todos acertarão de cara, mas o que vale é a intenção e minha disponibilidade para pagar mico na rede. rs

Sem mais delongas, vamos à obra de arte Van Goghiana: 

Clique na imagem para ampliá-la

Moleza, né?  Vou deixar a letra registrada abaixo só por garantia... Lembrando que é só selecionar o espaço entre os colchetes.

[O cravo e a rosa
O Cravo brigou com a Rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo ficou ferido
E a Rosa despedaçada
O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pos-se a chorar]

Por hoje é só.  Bjiin e até a próxima.
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De roupa nova

Olá, querido leitor!

Como você pode perceber, o HPBD está de cara nova. Decidi mudar o template porque ouvi reclamações em relação à demora de carregamento da página. Parece que o antigo estava um pouco "pesado", embora abrisse perfeitamente bem aqui.

Escolhi um template simples e espero que resolva definitivamente o problema mencionado acima. Agora só preciso me adaptar ao novo design.

 Também aumentei a fonte das letras, para que leitores  com menor acuidade visual possam ler meus textos sem maiores dificuldades. 

Enfim, espero que essas pequenas mudanças agradem a você, leitor, e que contribuam para aumentar a qualidade do meu "bloguinho". Dicas, sugestões e afins são sempre bem-vindas!

Bjiin
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E por falar em resiliência...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Quem comprou o jornal A Tarde deste domingo (19/12) pode conferir uma entrevista muito bacana na seção Empregos e negócios, p. 8, com o empresário David Portes. Para quem ainda  não conhece a sua história, trata-se de um ex-camelô, ex-cortador de cana e ex-morador de rua que conseguiu (com esforço, talento e muita, muita sorte)  superar os desafios da vida e se sagrar empreendedor de sucesso.

Fonte da imagem: Mundo do Marketing

Quem olha para a imagem de David (acima) , bem vestido, bem-sucedido, não diria que em um passado obscuro ele tenha tido que dormir ao relento, acompanhado por sua esposa, grávida à época. A história desse guerreiro ganhou novo rumo quando ele tomou um empréstimo de R$ 12,00 com um porteiro para comprar remédio para sua esposa. Motivado por alguma intuição que só pessoas como ele e Sílvio Santos podem entender, David investiu esse mísero capital em doces e, a partir daí, sua vida começou a mudar. E para melhor.

O negócio cresceu, David prosperou e hoje recebe mais de R$ 100 000, 00 por mês. Ele tem empresas de grande valor no mercado, realiza palestras pelo mundo todo, está prestes a lançar seu segundo livro e, segundo revelação do mesmo ao jornal, trabalha na construção do "único site em 3D do mundo". 

"Eu nunca pensei que ia ganhar prêmios junto com Philip Kottler nos Estados Unidos, como melhor palestrante de marketing em Nova Iorque. Um camelô, só com a 8ª série. Eu não sabia que tinha esse dom.".
Trecho da entrevista concedida por David Portes ao jornal A Tarde.

Sem dúvida, David Portes é um exemplo emblemático de superação, de força de vontade e de espírito empreendedor. Uma inspiração que serve para mim e para você, querido leitor. Infelizmente, não há maneira de publicar a reportagem na íntegra aqui sem ferir os direitos alheios. Entretanto, para quem tiver interesse, recomendo uma pesquisa no Google sobre a vida dessa personalidade marcante. Adianto que vale muito à pena clicar e se encantar com essa fantástica história de vida.

Até mais. 
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Post de domingo

domingo, 19 de dezembro de 2010

Olá, meus queridos.

Hoje apresento a vocês a nova categoria do meu blog, o post de domingo.

Nesse dia específico eu não postarei conteúdos meus. Publicarei textos, frases, links ou qualquer outro material que julgar interessante para o blog. Tudo com as devidas referências, claro.

O assunto de hoje é um joguinho muito legal que descobri na net: o isketch.

É um jogo de adivinhação, onde os participantes, um por vez, fazem desenhos sobre um tema qualquer e os demais tentam adivinhar do que se trata. As salas são organizadas por temas e tem muitas salas em português.

Para jogar você precisará digitar um username à sua escolha, mas não é preciso senha alguma.

Acreditem, é diversão na certa! Passei vários minutinhos jogando...

Não dá nem pra perceber que sou viciada nessas coisas de adivinhação, né?! rs

Bjiin e bom domingão.
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O primeiro livro a gente nunca esquece

sábado, 18 de dezembro de 2010

Eis que estou aqui novamente para falar sobre leitura, atividade que me dá muita satisfação, aliás. Dessa vez, falarei sobre um livro muito especial, responsável pelo meu ingresso no mundo mágico das palavras. Não foi o primeiro livro que li, mas foi o mais significativo entre os primeiros. Trata-se do clássico infanto-juvenil O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (Clique no link para ter acesso à versão digitalizada do livro), obra do grande escritor baiano Jorge Amado.

A fábula narra a história de amor entre o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, que, por razões óbvias, é absolutamente impossível. Como se a diferença de espécie não fosse suficiente, o Malhado ainda possui péssima fama entre os demais moradores locais. A Andorinha, por sua vez, é uma avezinha jovem e audaciosa, amada por todos e cuja beleza custou-lhe um noivado arranjado.
A paixão entre os protagonistas é tão intensa quanto o desfecho da história... Desfecho triste, por sinal. Confesso que chorei ao lê-lo pela primeira vez, aos 10 anos de idade.

Enfim, o livro é simples, mas tem o poder de atingir tanto crianças quanto adultos, devido ao seu caráter metafórico. Recomendo a leitura.

E para instigá-lo ainda mais, transcrevo um trecho do livro logo abaixo:

"Era uma vez antigamente, mas muito antigamente, nas profundas do passado, quando os bichos falavam, os cachorros eram amarrados com lingüiça, alfaiates casavam com princesas e as crianças chegavam no bico das cegonhas. Hoje, meninos e meninas já nascem sabendo tudo, aprendem no ventre materno, onde se fazem psicanalisar para escolher cada qual o complexo preferido, a angústia, a solidão, a violência. 

Aconteceu naquele então uma história de amor."

E ai? Animou-se? Corre para ler O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá e depois comenta aqui sobre o que achou. Assim me despeço, mas não sem antes agraciá-los com o Soneto do amor impossível, texto escrito pelo Gato para a Andorinha. Abraços e até logo.



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Opinião - O guardião de memórias

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Como vocês já sabem, devido a esse post aqui, eu adoro ler. Então, unindo o útil ao agradável, resolvi compartilhar com vocês, leitores, as minhas impressões sobre livros que li. E, para começar, o título eleito é O Guardião de memórias, de Kim Edwards e, de acordo com a informação da capa, “primeiro lugar na lista de mais vendidos do New York Times”. Não confio muito nessas listas, visto que já me decepcionei algumas vezes, mas resolvi dar um crédito e ler o livro.

Para preservar o enredo, não contarei o desfecho da história, então podem ler o texto tranquilamente, sem medo de spoilers. Abaixo, transcrevo uma breve sinopse do livro, conforme descrição presente na contracapa do mesmo: 

Inverno de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais da síndrome de Down.
Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o assombrará até a morte: ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu.
Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio causado pela ausência da menina. A partir daí, uma intrincada trama de segredos, mentiras e traições se desenrola, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar.


O livro não prende o leitor como pretensamente afirma. A história em si não é magnífica e o desenrolar é cansativo. Minha irmã notou isso pela minha demora em lê-lo, vejam só. (Breve pausa para um riso furtivo). O grande acerto da autora, a meu ver, está na exposição profunda das emoções e contingências de cada personagem, fazendo com que nos aproximemos dos mesmos e até os entendamos.

É esse mergulho na subjetividade dos personagens que me fez entender os atos de David Henry e até sentir a angústia que ele sentiu. Ele não era uma pessoa ruim e, certamente, não merecia o destino que teve. O histórico de vida de David nos fornece respostas para os seus comportamentos de modo que não há como odiá-lo. Ele foi vítima de uma ferida aberta em seu passado que o tempo não conseguiu fechar.

Se por um lado o cirurgião ortopedista me comoveu, por outro senti uma crescente impaciência em relação à Norah. Cá entre nós: que mulher chata!

Perder um filho deve ser muito doloroso. Vivenciar a morte de um ente querido é, com certeza, uma experiência devastadora, pela qual não passei e espero não passar tão cedo. No caso de Norah, ela pensava ter perdido a sua filha recém-nascida e estava sofrendo por isso, o que é absolutamente compreensível. Seria crível se ela sofresse por um tempo, mas a criatura passou mais de 18 anos sofrendo pela ausência de uma criança que nunca chegou a ver. Pior ainda: um casamento feliz foi totalmente corroído devido à dificuldade de Norah em esquecer o evento traumático e seguir em frente.

Gente, isso é demais para mim. Se ela tivesse perdido a filha depois de um período de convivência, por exemplo, eu entenderia a extensão do seu sofrimento. Se ela tivesse um histórico de múltiplos abortos espontâneos, eu também entenderia. Mas, não. Era a sua primeira gestação e, ademais, ela ainda tinha um lindo garotinho para criar. Acredito que a autora forçou demais nesse aspecto.

Caroline Gill é outra personagem fundamental na história e é uma mulher facilmente amável. É impossível não se comover com a afeição mútua e crescente entre ela e a filha adotiva, Phoebe. Caroline é uma mulher que passou muito tempo esperando... Esperou que o sucesso, o amor, as realizações pessoais acontecessem e que a sua vida começasse a fazer sentido. Enquanto isso não acontecia, ela vivia um dia após o outro, esperando. Com o desenvolvimento da história, entretanto, vemos muitas transformações na enfermeira que passa de expectadora à protagonista de sua própria vida. Particularmente, torci bastante pela felicidade de Caroline Gill.

Enfim, como já havia alertado, O guardião de memórias não é um livro digno de grandes expectativas, mas está longe de ser ruim. Vale à pena lê-lo, com certeza.

Outra obra que vale a pena é o documentário Do luto à luta (2005), dirigido por Evaldo Mocarzel, que mostra pequenas, mas valiosas, vitórias de pessoas portadoras da síndrome de Down. Abaixo você poderá assistir à primeira parte deste documentário maravilhoso.



 É com esse vídeo fantástico que me despeço por hoje. Até breve, caro leitores!
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Opinião - Contatos de 4° grau

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010


Contatos de quarto grau é um filme de ficção científica/suspense, estrelado por Milla Jovovich, com direção de Olatunde Osunsanmi


Tudo começa com a própria atriz, identificando-se como ela mesma, explicando que se trata de um filme baseado em fatos reais e que, portanto, devemos escolher entre acreditar ou não nos fatos que serão mostrados. Um começo dramático, inusitado, eficiente.

O filme narra a vida de uma psicóloga que enfrenta estranhas e perturbadoras coincidências em seu consultório ao mesmo tempo em que tenta lidar com a morte do marido e as implicações dessa tragédia (a cegueira psicológica da filha e a rebeldia do filho).

(Abro aqui um parêntesis para criticar a imagem dos psicólogos vendida pelas produções hollywodianas. Gente, mesmo com apenas dois semestres de curso, sei que psicologia não é essa bobagem que a indústria cinematográfica tenta passar. É uma área do conhecimento humano, séria e respeitada, sem essa passividade e mesmice que estamos acostumados a ver na telinha.)

De volta ao enredo, vemos uma série de clientes queixando-se dos mesmos sintomas clínicos: distúrbios do sono, apreensão e medo constantes e, o mais peculiar de todos, visão de uma coruja branca que, como eles mesmos relatam posteriormente, não se trata realmente de uma coruja.  Mas, é claro que não irei me aprofundar nos detalhes para não estragar a história.

O que achei de tudo isso? Bem...

Confesso que, com aproximadamente 1 hora de filme, precisei levantar e respirar fundo devido a uma cena em especial que me deixou um pouco atordoada. O filme não seria tão chocante se não tivesse as cenas reais intercaladas às cenas fictícias. Depois dessa tensão, eu esperava que as coisas esquentassem, mas não foi o que aconteceu. Ao contrário, o filme foi ficando morno até esfriar de vez.

E tudo ficou mais sem graça depois que resolvi pesquisar o filme na internet. Foi dessa maneira que descobri coisas como... Bem, é melhor vocês descobrirem sozinhos. Para quem já assistiu ou não tem intenção de assistir, pode clicar nos links a seguir sem medo. Para quem pretende assistir, recomendo que não clique, pois há spoilers e revelações sobre a trama.

Clique aqui, ou aqui.


É isso, meus caros.
Bjiin e até mais.



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Música Ilustrada I

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Olá, senhoras e senhores!

O post de hoje é super especial.

Trata-se de uma brincadeira que minha irmã mais nova inventou e que virou hit aqui em casa: o sensacional, música ilustrada!!! Para iniciar a brincadeira, um participante deve ilustrar os diversos parágrafos de uma canção escolhida por ele, sem que os demais saibam de qual melodia se trata. Feito isso, os jogadores restantes devem tentar adivinhar qual é a música ilustrada. Esta brincadeira é muito divertida e nem é necessário grandes dotes artísticos para executá-la, como poderão perceber no desafio abaixo que preparei exclusivamente para vocês, queridos leitores.

Agora é com vocês: qual é a música? 
Clique na imagem para ampliá-la.

Conseguiram adivinhar?

Para os que conseguiram, parabéns! Se bem que, com um desenho perfeito desse, concebido atraves do editor de imagens de última geração paint, tudo se torna fácil demais... Para os que não conseguiram, a letra da música está logo abaixo. Selecione o texto entre colchetes e voilà:
  
[Chocolate com pimenta
     Deborah Blando

Um frio queimando
E o calor do chuver
O amor da raiva sem querer.
Formiga e cigarra
que parecem brigar
Só desejam ser um belo par.
Sol e lua,
Casa e rua,
Luz e sereno,
Ying Yang, ping pong.
Puro e veneno.
Chocolate com pimenta.
Paixão ciumenta,
Assim violenta,
De tanto que sofre aumenta.]


Espero que tenham gostado. Eu adorei.


Até mais, pessoal.
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Medo de voar

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Era uma vez um pequeno passarinho, chamado Dori, que tinha medo de voar. Desde pequeno observava as suas irmãs voando livremente pelo céu e pensava no quanto aquelas aves eram inconseqüentes. Ele dizia para si mesmo: "- Loucas! Imagina só os riscos que elas estão correndo, voando por ai, sem nenhuma segurança.".

Sempre que algum pássaro convidava Dori para percorrer o céu, ele sempre fazia um discurso, listando os riscos que essa aventura oferecia: "- Podemos bater em algum poste ou, meu deus, colidir com um avião! Sabe como andam as estatística de pássaros mortos devido a alguma colisão com aviões? Sem contar que o céu é tão imenso... E se nos perdermos naquela imensidão azul? Eu mesmo não vou. Tenho medo do que posso encontrar lá em cima.". E assim o tempo foi passando e Dori ia sobrevivendo sem nunca ter sentido o gosto de voar.

Suas asas, sem atividade, atrofiaram-se, mas ele não se importou. Havia jurado que viveria naquele ninho onde nasceu e considerava seu porto seguro. O tempo continuou passando e Dori começou a achar a sua rotina "segura" muito entediante. Olhava todos os dias para o céu e tentava imaginar o quanto ele havia perdido ao longo dos dias em que se isolou do mundo. E essa sensação de perda só aumentou, depois da visita de sua irmã, Dorita.

Dorita contou para o irmão diversas histórias sobre suas viagens migratórias, seus vôos espetaculares pelo céu, como foi emocionante o dia em que seus filhotes aprenderam a voar e, juntos a ela, percorreram o céu azul, dando voltas e voltas no ar. Ela foi embora, mas suas palavras continuaram na mente de Dori e um sentimento de angustia preencheu o peito da ave. Ele correu desesperadamente, dando pequenos saltos. Estava tentando voar. Suas asas já não funcionavam corretamente, mas ele não desistiu, continuou tentando.

Dori foi correndo, e pulando, e batendo as asas e, assim, acabou parando à beira de um penhasco. Ele pensou em pular. Hesitou. Calculou os riscos, mas deixou seu instinto de ave falar. Pulou do penhasco, enfim. Por um momento, Dori manteve-se no ar batendo suas asas. Um momento que não compensava o tempo perdido, mas que já valia à pena. Depois a ave desceu em queda livre e desapareceu nas profundezas do penhasco. Seu último pensamento: “Eu não vivi!".
 Dell Sales

Fi

Essa pequena história foi escrita por mim, há alguns anos. Nela eu expus, ao meu modo, o conceito de liberdade e de como podemos nos privar da mesma sem nos darmos conta. É uma história triste, reflexiva, parte de minha subjetividade. Espero que gostem.

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Entre outras palavras...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010


Eu adoro ler. Verdade. A leitura exerce um magnetismo enorme sobre mim. Acho fantástica a capacidade de transformação de letras, a princípio sem sentido, em palavras e frases cheias de significados, e interpretações, e sonoridade. Tem gente que ama música, outros são apaixonados por pintura, mas o meu fascínio maior está nas imensas possibilidades que esses 26 símbolos podem nos dar.
 

A leitura é mágica. Ela é tão poderosa e presente que a gente até esquece que um dia a ignorou completamente. Sim, meus caros. Não é incrível perceber como algo tão involuntário, necessário e incrivelmente banal exigiu, em certa época, muita dedicação e esforço para ser assimilado?

Ah, as palavras! Tão belas quanto traiçoeiras... Não te encanta perceber que um simples símbolo como uma vírgula pode alterar todo o sentido de uma frase? Essa flexibilidade, essa sutileza, é poesia para mim, uma arte digna de exposição.

Eu amo as palavras e suas complexidades, ainda que escorregue diversas vezes nelas, cometendo erros após erros. Ela entende, eu sei. E amo mais ainda quem tem o dom de desconcertá-las, de lhes conferir novos significados, de enriquecê-las ainda mais.

Luís Fernando Veríssimo é um exemplo. Gosto do humor simples, implícito entre as palavras, que ele, como ninguém, sabe agrupar. Veja esta crônica de sua autoria e encante-se com as referências históricas, o humor limpo nas entrelinhas.

A orelha

De todos os órgãos do corpo, a orelha é o único cuja forma ultrapassa a função. Todos os outros órgãos têm a forma adequada à sua finalidade - mais da metade das curvas e nichos da orelha são desnecessários. São, portanto, puro exibicionismo. A complexidade interna do ouvido - seus labirintos e artelhos - se justifica. Nada justifica as viravoltas externas da orelha, as falsas entradas, os cornichos, as cavernas, desafios à lógica e ao cotonete. Alguns órgãos do corpo chegam ao barroco, só a orelha dá o passo fatal, que acabou com o Renascentismo, para o rococó. A orelha denuncia uma perigosa tendência latente na criação para o excesso, para a forma pela forma, para o ornamentalismo vazio.
Achei que devia fazer esse alerta.

Gostou? Espero que sim.

Essa é uma homenagem à Escrita/Leitura, uma habilidade espetacular, um advento tão importante que marcou e dividiu a história para sempre.

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Acho que estou...

domingo, 12 de dezembro de 2010

Ontem estava assistindo um filme beeeem antiguinho no Megapix: Junior (1994), com Danny DeVito e Arnold Schwarzenegger.


Particularmente, não simpatizo nem um pouco com os papéis interpretados pelo Schwarzenegger... Aliás, a minha implicância é com o gênero do filme e não com o ator propriamente. Tenho a mesma cisma com o Stallone e com o Van Damme, por exemplo.

Mas, essa animosidade não ocorre quando assisto essa pérola que é Junior. O mais engraçado é que o longa é ruim pra caramba, com a situação mais improvável possível: um homem... GRÁVIDO! Não vou descrever o filme porque todo mundo já o conhece de cor e salteado, mas preciso aplaudir os roteiristas e produtores pela imensa cara de pau para criar tal enredo mirabolante, ignorando totalmente todos os aspectos biológicos por trás do processo gestacional.

Claro que toda essa incoerência e falta de bom senso não significam nada para mim, já que gosto bastante do filme. Não me pergunte o porquê. Simplesmente gosto. Entretanto, caso você seja chato e continue se perguntando o que tenho na cabeça para gostar do supracitado filme, posso dar uma resposta básica: é engraçado imaginar um mundo onde os homens possam engravidar. Imagine um cara fortão e alto com uma barriguinha sexy de 9 meses...


Para te ajudar a visualizar , eis aqui uma imagem:

Que coisinha mais catita!!! rs

Esdrúxulo, né?

Enfim, um filme bobo, é verdade, e com uma atuação medíocre de Schwarzenegger (Novidade...), mas engraçado ao seu jeito. É tosquice elevada à quarta potencia, e isso não é necessariamente uma coisa ruim. Agora me açoitem! Eu mereço depois dessa declaração pública de cafonice. rs
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Senta que lá vem a história

sábado, 11 de dezembro de 2010

O Histórias Para Boi Dormir (HPBD para os íntimos) nasceu por acaso, em mais um dos meus momentos criativos durante a viagem de coletivo - leia-se buzú. "E o que você pretende discutir nesse blog, minha filha?" Histórias, of course! E, cá entre nós, quem não gosta de uma boa história? Como dizia Caymmi "Quem não gosta de história, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou... Tá certo, a música não é assim, mas bem que poderia ser!

Não, meu filho, acalme seu coração pois não falarei sobre civilizações, grandes guerras e personalidades marcantes. Aqui a história é outra. Passagens do dia-a-dia, situações do cotidiano, protagonizadas por gente como eu e você, reflexões aleatórias, isso sim me interessa. O que eu quero é falar, e se tiver quem escute, melhor ainda!

Por fim, mas não menos importante, espero contar com o seu apoio, caro leitor: opine, critique, reclame, parabenize. Não se intimide!