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No contexto do texto

quinta-feira, 3 de março de 2011

Estou em falta com este blog, admito. As vezes a criatividade não coopera com a vontade de escrever, porque, olha, eu tenho é assunto pra tratar aqui, mas quando tento desenvolver... Não flui!

Hoje eu trago para vocês um texto interessante da Adriana Falcão. Por ser um tanto longo e  desnecessariamente repetitivo, tomei a liberdade de adaptá-lo, focando apenas nos trechos mais significativos e inspiradores. Apreciem sem moderação!

</\> Palavras <\/>

As gramáticas classificam as palavras em substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção, pronome, numeral, artigo e preposição.
Os poetas classificam as palavras pela alma porque gostam de brincar com elas e pra brincar com elas é preciso ter intimidade primeiro.
É a alma da palavra que define, explica, ofende ou elogia, se coloca entre o significante e o significado pra dizer o que quer dar sentimento às coisas, fazer sentido.

Nada é mais fúnebre que a palavra fúnebre.
Nada é mais concreto do que as letras c.o.n.c.r.e.t.o, dispostas nessa ordem e ditas dessa forma, assim, concreto, e já se disse tudo, pois as palavras agem, sentem e falam por elas próprias.

A palavra triste, chora
A palavra fogo, queima.
A palavra faca, corta.

A palavra palavra, diz o que quer. E nunca desdiz depois.
As palavras têm corpo e alma, mas são diferentes das pessoas em vários pontos. As palavras dizem o que querem, está dito, e ponto.
As palavras são sinceras, as segundas intenções são sempre das pessoas.
A palavra idéia não muda. Palavras nunca mudam de idéia.
Palavras sempre sabem o que querem.

Quero não será desisto.
Sim nunca jamais será não.
Um não serão dois em tempo algum.
Dois não serão solidão.
Dor não será constantemente.

As células das palavras são as letras. Algumas são mais importantes que outras.
As consoantes são um tanto insolentes. Roubam as vogais pra construírem sílabas e obrigam a língua a dançar dentro da boca. A boca abre ou fecha quando a vogal manda.
As palavras fechadas nem sempre são mais tímidas. A palavra sem-vergonha está aí de prova.

Prova é uma palavra difícil.
Vigésimo é uma palavra bem alta.
Carinho é uma palavra que falta.
Miséria é uma palavra que sobra

Existem palavras frias como mármore.
Existem palavras quentes como sangue.
Existem palavras grandes, anticonstitucional.
Existem palavras pequenas: microscópio, molécula, covardia.
Existem palavras que são palavrão.

Toda a palavra tem a cara do seu significado. A palavra pela palavra, tirando o seu significado fica estranha. Palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra não diz nada, é só letra e som.
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Vida de professor

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Que professor sofre, disso ninguém duvida. É dolorosamente irônico concluir que uma profissão tão necessária é também uma das mais mal pagas e desvalorizadas do país. Longe daquela imagem de sabedoria e respeito de outrora, os mestre de hoje são maltratados pelo sistema e pelos alunos.
Basta uma simples pesquisa na internet para constatar a degradação do ensino e a inferiorização do professor, especialmente aqueles que trabalham em localidades de risco. O docente de hoje convive com o medo de agressões, que podem ser físicas ou verbais e, não raro, acabam por desistir da profissão ou adquirem doenças psicológicas ou gástricas. Ou os dois!

Durante meu ensino fundamental, cheguei a presenciar algumas discussões entre professores e alunos, mas nada que passasse de "bate-boca" e uma boa conversa com a diretora. Tive professores que angariaram respeito pela sua postura exigente e quase maternal, outros o conseguiu pelo medo que causava nos estudantes, mas também conheci exemplares que não tinham o mínimo controle da turma e pareciam nem se importar com isso.

De qualquer forma, não consigo deixar de me perguntar quando foi que a profissão de professor passou a ser tão perigosa a ponto de uma reprovação ser motivo de um homicídio. O que explica um aluno bater severamente na professora por causa de uma discussão em sala? Por que tanta violência num espaço onde a palavra-chave é educação? Por que, meu caro leitor?
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Transtornos alimentares

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Semestre passado, eu e minha equipe fizemos um seminário sobre transtornos alimentares de caráter psicológico para a matéria Neurociências. Foi um trabalho bastante interessante em vários aspectos e os vídeos apresentados foram um show a parte. Pensando nisso, compartilho com vocês o vídeo de abertura e a frase de encerramento da nossa apresentação.


“Admito que é inata em nós a estima pelo próprio corpo, admito que temos o dever de cuidar dele. Não nego que devamos dar-lhe atenção, mas nego que devamos ser seus escravos. Será escravo de muitos quem for escravo do próprio corpo, quem temer por ele em demasia, quem tudo fizer em função dele. Devemos proceder não como quem vive no interesse do corpo, mas simplesmente como quem não pode viver sem ele. Um excessivo interesse pelo corpo inquieta-nos com temores, carrega-nos de apreensões, expõe-nos aos insultos; o bem moral torna-se desprezível para aqueles que amam em excesso o corpo." 
Sêneca (filósofo)

Interessante, não é?! Sinceramente, fiquei muito bem impressionada em relação à quantidade de materiais de qualidade disponíveis na internet sobre este tema. Aproveito para deixar o link de uma biblioteca científica eletrônica com muita coisa boa para nós, estudantes: Scielo.

Enfim, é isso.
See you soon, guys!
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Você precisa saber

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Estava dando uma lida no ótimo Dando Pitacos e me deparei com  uma triste, mas real, notícia de um crime bárbaro que, lamentavelmente, vem passando impune. Trata-se do estupro corretivo, praticado contra mulheres lésbicas para "curá-las" da sua condição. Asco, repulsa, raiva, são as sensações que tive ao ler o texto. 

Para vocês terem uma idéia, transcrevo aqui uma das frase mais chocantes do post: 

"Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler.". 

Revoltante, não é?

O link para o post é este aqui e aproveito para pedir que todos assinem a petição linkada pelo autor do blog em prol da luta contra este crime bárbaro. Não custa  nada, é rápido e ajudará muitas pessoas.

Um grande abraço
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Notícias de White

Olá!

Eis que o enfermo chegou em casa e trouxe consigo uma sacola de medicamentos.

Além do curativo na coxa, meu filho foi diagnosticado com otite, catarata, problemas cardiacos e vasculares. Ou seja, meu filho está velho! 

São tantos remédios... Pra vocês terem idéia, a despesa com tudo beirou os R$ 400,00. E olha que minha mãe nem comprou ainda os remédios para a visão, viu?! E, daqui a quinze dias, ele terá que voltar para avaliação. 

Vamos mudar também a ração do nosso idoso para uma sênior, já que a necessidade nutricional dele não é a mesma de um cão jovem. Informo ainda que a temperatura dele está ok e o danado está com pouco menos de 12 Kg. Além disso, ele terá que fazer caminhada e evitar grandes esforços. 

Enfim, o nosso menino está dodoi, mas não pouparemos esforços para garantir uma velhice feliz e saudável, mesmo que isso seja traduzido em três dígitos de reais. 

Bjiin