Olá, caro visitante.
Eu planejava preparar um post sobre a violência contra a mulher de uma forma geral. Não são poucas as notícias que nos chegam referentes a esse tipo de crime que, lamentavelmente, está presente no mundo todo e, muitas vezes, é tratado como um simples conflito doméstico.
Além da desvalorização histórica da mulher, a violência contra as mesmas ainda está cercada pelo silêncio, seja por medo de retaliações ou pela dependência material e/ou emocional das vítimas em relação aos agressores. Há ainda a violência justificada por motivos religiosos ou culturais, estas talvez mais difícil de combater, porém, igualmente revoltante.
Um desses casos é a excisão feminina, técnica realizada com frequência em continentes como Ásia e África, que consiste na mutilação da genitália feminina através da remoção cirúrgica do clitóris e, as vezes, dos grandes lábios. O intuito desse ato desumano é simples: impedir a sensação de prazer durante o ato sexual. A situação torna-se ainda mais chocante quando descobrimos que essa cirurgia é realizada em crianças e jovens, sem anestesia e em precárias condições de higiene, motivo pelo qual muitas delas morrem devido a infecções pós-operatórias.
Enfim, hoje, enquanto procurava assuntos bacanas para fazer o link aqui, encontrei um excelente post que traz mais uma notícia triste sobre este crime abominável. O post fala sobre as brutalidades do fundamentalismo Talibã praticadas contra a sua população feminina e conta histórias marcantes de mulheres que tentam até mesmo o suicídio, numa tentativa desesperada de fugir da sua sofrida realidade. Para acessá-lo, clique aqui. Uma leitura certamente desconfortável, mas necessária.
Bjiin
2 comentários:
Olá Dell,
Olha, taí um assunto polêmico e delicado a se tratar. A violência contra as mulheres é um crime covarde e banal, que não tem justificativa. Porém, devido sua frequência e por historicamente as mulheres serem tratadas como seres inferiores, esse tipo de violência continua acontecendo em larga escala em pleno século XXI.
O presidente Lula certa vez disse em um discurso: “Uma mulher não pode ser submissa ao homem por causa de um prato de comida. Tem que ser submissa porque gosta dele”. Mais uma prova de que a sociedade é majoritariamente machista.
Concordo contigo sobre a violência justificada pela religião: é mais difícil de se contornar. Principalmente no islamismo, onde os abusos contra as mulheres além de rotineiros, são até estimulados. Prova disso é o caso que está sendo amplamente divulgado na mídia sobre a iraniana Sakineh Ashtiani, condenada a morte por apedrejamento, mas que devido a pressão internacional, teve a pena "aliviada" para morte por enforcamento. O crime que ela cometeu?? Adultério, sendo que não há provas. O drama ainda continua, pois a justiça do Irã suspendeu a condenação. Em novembro, o repúdio às violações do Irã foi encaminhado para votação na ONU. O Brasil se absteve.
Que a nova presidente Dilma, que já demonstra ser menos tolerante que seu antecessor, seja mais uma guerreira na luta contra os abusos às mulheres. Que a Lei Maria da Penha seja apenas o primeiro passo dentre as medidaas para acabar com esse absurdo que ainda é visto, principalmente em terras brasileiras.
Por fim, atesto que, pela primeira vez, gostei do post de domingo. Espero outros textos relacionados a temas polêmicos, pra debatermos mais e mais.
PS: É impressão minha ou a segunda contadora de histórias desse blog se ausentou dos seus serviços sem nem mesmo um aviso prévio? Ou foi expulsa por ti, dona Débora?? Aguardo maiores informações sobre a saída da outra blogueira.
Olá, Thukinho.
Estou aqui ganhando tempo, tentando decidir que parte do seu comment-post comentarei primeiro. Tava inspirado, hein?! rs
Enjoy!
1 - Não ouvi essa frase infeliz de Lula, mas sabemos que esse tipo de pensamento é compartilhado por muitos em nossa sociedade. Até mulheres aceitam esse tipo de discurso.
Para você ter idéia, uma tia sempre me critica por não saber cozinhar. Ela diz que eu tenho que "me desenvolver" se não nunca casarei. Apesar de as vezes me irritar, eu entendo que ela foi criada dentro desses padrões machista e tem uma visão de mundo muito diferente da minha. Não que cozinhar ou se dedicar às tarefas domésticas seja sinal de submissão, mas o argumento usado por ela é machista ao extremo.
2 - Acompanhei superficialmente o caso de Sakineh. Não quero me aprofundar nessa questão, pois sinto que esse caso é muito mais complicado do que parece. O código penal do Irã não é igual ao brasileiro e, embora acredite que a expressão cultural e religiosa não deva sobrepujar os direitos humanos, também fico ressabiada com a intervenção de outros países na organização política alheia.
Digo isso porque imagino que o caso de Sakineh não seja um evento isolado. Ela não será a primeira nem a última vítima das punições absurdas do seu país. Dai eu pergunto: toda vez que uma mulher iraniana for condenada à morte, os governos de outros países se envolverão na questão, anulando as decisões do Irã?
Isso não me parece bem... Nenhum país aceitaria tamanha intromissão pacificamente. Não concordo com as leis iranianas e sua inferiorização das mulheres, mas acho que essa polêmica ainda dará muito pano para manga.
3 - Que bom que gostou! Fiz este post especialmente para você, seu "reclamão". rs
4 - A outra contadora sentiu-se intimidada em escrever aqui, daí eu dei uma de Thuco, em épocas de BBB-Sesi, e assumi o controle de tudo. Muahaha.
Brincadeira. Ela não queria um compromisso muito sério com o blog, mas prometeu que postaria aqui, caso sentisse vontade.
Bjiin
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