Eu adoro ler. Verdade. A leitura exerce um magnetismo enorme sobre mim. Acho fantástica a capacidade de transformação de letras, a princípio sem sentido, em palavras e frases cheias de significados, e interpretações, e sonoridade. Tem gente que ama música, outros são apaixonados por pintura, mas o meu fascínio maior está nas imensas possibilidades que esses 26 símbolos podem nos dar.
A leitura é mágica. Ela é tão poderosa e presente que a gente até esquece que um dia a ignorou completamente. Sim, meus caros. Não é incrível perceber como algo tão involuntário, necessário e incrivelmente banal exigiu, em certa época, muita dedicação e esforço para ser assimilado?
Ah, as palavras! Tão belas quanto traiçoeiras... Não te encanta perceber que um simples símbolo como uma vírgula pode alterar todo o sentido de uma frase? Essa flexibilidade, essa sutileza, é poesia para mim, uma arte digna de exposição.
Eu amo as palavras e suas complexidades, ainda que escorregue diversas vezes nelas, cometendo erros após erros. Ela entende, eu sei. E amo mais ainda quem tem o dom de desconcertá-las, de lhes conferir novos significados, de enriquecê-las ainda mais.
Luís Fernando Veríssimo é um exemplo. Gosto do humor simples, implícito entre as palavras, que ele, como ninguém, sabe agrupar. Veja esta crônica de sua autoria e encante-se com as referências históricas, o humor limpo nas entrelinhas.
Ah, as palavras! Tão belas quanto traiçoeiras... Não te encanta perceber que um simples símbolo como uma vírgula pode alterar todo o sentido de uma frase? Essa flexibilidade, essa sutileza, é poesia para mim, uma arte digna de exposição.
Eu amo as palavras e suas complexidades, ainda que escorregue diversas vezes nelas, cometendo erros após erros. Ela entende, eu sei. E amo mais ainda quem tem o dom de desconcertá-las, de lhes conferir novos significados, de enriquecê-las ainda mais.
Luís Fernando Veríssimo é um exemplo. Gosto do humor simples, implícito entre as palavras, que ele, como ninguém, sabe agrupar. Veja esta crônica de sua autoria e encante-se com as referências históricas, o humor limpo nas entrelinhas.
A orelha
De todos os órgãos do corpo, a orelha é o único cuja forma ultrapassa a função. Todos os outros órgãos têm a forma adequada à sua finalidade - mais da metade das curvas e nichos da orelha são desnecessários. São, portanto, puro exibicionismo. A complexidade interna do ouvido - seus labirintos e artelhos - se justifica. Nada justifica as viravoltas externas da orelha, as falsas entradas, os cornichos, as cavernas, desafios à lógica e ao cotonete. Alguns órgãos do corpo chegam ao barroco, só a orelha dá o passo fatal, que acabou com o Renascentismo, para o rococó. A orelha denuncia uma perigosa tendência latente na criação para o excesso, para a forma pela forma, para o ornamentalismo vazio.
Achei que devia fazer esse alerta.Gostou? Espero que sim.
Essa é uma homenagem à Escrita/Leitura, uma habilidade espetacular, um advento tão importante que marcou e dividiu a história para sempre.
2 comentários:
Olha, estou impressionado como você está dominando o dom da escrita. O exemplo que destes serviu para comparamos o seu texto ao do Veríssimo. E me arrisco a dizer: em pouco tempo chegará lá. Não é porque és minha amiga não, mas se a psicologia não for o melhor pra ti, escrever tenho certeza que será.
Débora, você me surpreende a cada dia. Valeu a espera pelo seu blog. Está nota 10. Recomendo.
Beijos de seu amigo e, agora, fã.
PS: Cansei de ser anônimo.
Obrigada, thukinho. Seria um sonho viver das palavras... Mas, preciso de muito mais que isso para chegar aos pés de Veríssimo.
Bjiin
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